quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

EL País faz críticas duras sobre Justin Bieber: "Pobre menino rico"

O site do conceituado jornal El País publicou esta semana (dia 26 de dezembro) um artigo sobre Justin Bieberheart, o título do artigo foi uma definição que a autora, a jornalista Rosa Montero, usou para descrever  a situação de Bieber com as pressões, vaidades e fraquezas da fama e até de certa forma ditar o futuro do cantor. A autora usou de ironias e comparou a tragetória de Bieber como a de Roma, um império que foi derrotado pelo excesso de orgulho e vaidade, confira a matéria completa:
Justin Bieber é um  cantor canadense de 16 anos de cabelo irresistível esculpido para à frente. Aquele garoto que, em sua recente visita à Madri, fez com que muitos desmaiassem, caissem em lágrimas e muitos gritos de seus seguidores apaixonados, todos  tão pequenos quanto ele.  Eu vi na televisão uma avalanche enorme de fãs ao redor dele e não pude deixar de sentir pena da saúde mental do rapaz.  Eu acho que é impossível viver qualquer coisa como isso aos  dezesseis anos e sair ileso, é como um coelho indefeso colocado no caminho do devorador selvagem. Temo que ele não vai aguentar  ou pelo menos não saia ileso.
Muita  fama e glória exagerada é algo que destrói a cabeça do mais poderoso. É um efeito perverso que a humanidade conhece há milénios, nós sabemos que, quando, na Roma antiga, foi dado uma palavra de  vitória à um general, um escravo que estava no carro viajando com ele sussurrou em seu  ouvido : "Lembre-se  durante todo o tempo que durar a sua glóriosa homenagem que você é mortal."  Para combater a divinização. Tenho que admitir que  a mensagem foi muito pouco, à julgar pela arrogância exibida pelo mais ilustre passado romano.

Orgulho, essa é a chave da desgraça. A vaidade, que é um vício tão comum   e  traiçoeiro (Quem nunca  teve um tempo estupidamente fútil?) Tona-o mais disposto à aceitar as coisas boas que dizem sobre você do que as coisas más.
Além disso, mesmo se você tentar corrigir-se, ou se uma insegurança psicológica o impede  e faz com que você acredite cegamente nos elogios,  não vá fugir por que estará experimentando uma crescente simpatia e até admiração por aqueles que dizem coisas agradáveis, e uma progressiva rejeição por parte daqueles que o criticam.
E assim é surpreendente ver como alguém que você sempre julgou um completo idiota, de repente, quando está elogiando você, começa à parecer menos bobo ou  vice-versa.
Então, existe essa tendência tremenda dos poderosos de acabar cercados por idiotas complacentes. E se este processo atinge dimensões fatais, se os vivos poderosos ficam completamente alienados pelo ambiente que estão e ouvindo apenas o bajuladores, o resultado pode ser trágico.

Isso me lembrou, por exemplo, de  Yasser Arafat, a quem eu entrevistei à 20 anos atrás.  Até então o líder palestino estava ainda no exílio, nosso encontro foi em Tunes, e foi um encontro com a melhor das disposições, porque, de longe, eu o admirava. Entretanto, eu encontrei um homem assustador, intolerante, dogmático e feroz. Eu pensei que eu sentia nele um tirano, e seu comportamento controverso voltaria para os territórios ocupados.
Por razões de segurança, Arafat, que  tinha seus 25 anos,  tinha de dormir cada noite em uma casa diferente, cercada por portões de ferro e apenas um grupo  de guarda-costas e um empregado que de tão aterrorizado nunca se atreveu a contrariá-lo (a secretaria que nos levou gritou literalmente de medo na ligação).
E ninguém pode viver pela metade a vida trancado em que a bolha de mito incontestável, sem se tornar um monstro.
Quando se trata da  divinificação (tratar alguém como um Deus, algo divino) de um cantor pop, naturalmente, as conseqüências são muito mais leves, porque a única vítima é o divinificado (Justin Bieber).
Sem dúvida, as meninas crescem sem conseqüências adversas sobre o seu fanatismo histérico adolescente, mas o jovem astro vai. Eu prevejo um futuro muito negro.  A menos que ele tenha a coragem, inteligência e profundidade  pessoal que tiveram para o que tornou os Beatles e Paul McCartney, por exemplo.
A autora finaliza lembrando de Paul  McCartney, ex-Beatles que quando afastou-se da música depois de 28 anos de sucesso e milhões em vendas de discos teve  que isolar-se em uma casa modesta.  E nesta casa apertada residiu por dez anos, para conseguir voltar à realidade.  A simplicidade do cotidiano e tangível como um meio de auto-recuperação. Boa sorte, Justin, pobre menino rico.
Justin Bieber fez uma rápida passagem pela Espanha no último dia 29 de novembro. A autora fez um artigo como vemos totalmente dedicado ao que ela acha sobre Justin Bieber, dando a impressão que já esteve inclusive frente à frente com ele e parece que para ela não foi muito agradável.
Apesar de algumas alfinetadas da jornalista serem de proveito para se levar como lição de vida, talvez ela tenha levado a situação de Bieber à um nível muito sério e à uma predestinação que só o tempo poderá dizer.
Bieber não gosta de ser tratado como uma divindade, ele resalta sempre que é e gosta que o tratem como um garoto normal, ama o carinho dos fãs, mas sem muito fanatismo como se ele fosse um Deus, pois sabemos que na realidade o que mais encanta em Bieber é que ele é de carne e osso como todos os adolescentes em todo o mundo e consegue inspirar milhões de jovens.

Um comentário:

  1. Sois unos jilipollas,putos y maricones por criticar a Justin Bieber:(
    Es asi por la envidia que teneis de el!
    Yo soy su fan n.1.

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